POPULAÇÃO VAI ÀS RUAS CONTRA CRIME AMBIENTAL NO CÓRREGO GRANDE

Notícias 25/10/2015

O último sábado (15) viu a comunidade do Córrego Grande unida em torno da preservação do bairro e contra a construção irregular em Área de Preservação Permanente (APP). A construtora Álamo se valeu de autorização de construção irregular concedida pela FATMA na Rua Aldo Krieger para tubular um curso d’água e começar a construir quatro edifícios de oito andares em área de preservação. Indignada, a população foi às ruas, em ato organizado pelo Fórum da Bacia do Itacorubi, que contou com mais de 100 pessoas, guardiãs da cidade e de sua paisagem, e terminou com um abraço à área gravemente danificada, lembrando o abraço à Fazendinha, em 2011.

O vereador Lino Peres esteve presente e falou ao público sobre os decretos autoritários que o prefeito Cesar Souza Júnior adicionou ao Plano Diretor, sem consulta à Câmara Municipal, que autorizam mais de 50 obras como esta no Córrego e também na Ponta do Coral. Na nova lei 482/2014, são autorizados apenas prédios de dois andares nesta área do Córrego, mas os tais decretos do prefeito passam por cima da lei aprovada e causam sérios danos à cidade. Nosso mandato vem denunciando desde o ano passado atitudes de Cesar Júnior na Câmara, na imprensa em seus meios.

O desmatamento da Mata Atlântica nativa está documentado em fotos como essas do álbum. É importante dizer que a suspensão das obras é cautelar e vale apenas por 30 dias, prazo que a promotoria do Estado tem para construir a matéria. O promotor já afirmou que a construtora Álamo será responsabilizada e que vai pedir para que a empreendedora recupera área gravemente danificada. Uma equipe técnica do órgão já esteve no local e constatou que há córregos de água limpa que tiveram seu curso alterado. Ou seja, esta batalha continua e o empenho da sociedade é essencial.

Nesta segunda-feira (17), a Câmara Municipal aprovou o pedido de Audiência Pública para discutir o assunto, em requerimento protocolado pelos vereadores Lino Peres, Renato Geske e Afrânio Boprée. O presidente da Comissão de Viação, Obras Públicas e Urbanismo, Celso Sandrini, se comprometeu a acelerar a aprovação dentro da comissão para que a reunião seja realizada em menos de 30 dias e sirva como base para a ação da promotoria do Estado.

No sábado, o microfone foi aberto aos moradores expressarem sua indignações.  A União Florianopolitana De Entidades Comunitárias esteve presente, e a coordenadora do Fórum Rosângela Mirela Campos lembrou a luta contra o empreendimento que acabou com a Fazendinha - apesar de termo de conduta com a empresa que a obriga a disponibilizar áreas verdes de lazer e áreas comunitárias institucionais à comunidade.

 


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