NOTA DE APOIO À GREVE DOS PROFESSORES E SERVIDORES FEDERAIS

Notícias 20/07/2015

Nosso mandato vem acompanhando a greve dos professores universitários e dos servidores técnico-administrativos (TAEs) das IFES (Instituições Federais de Ensino Superior). Das 62, 41 estão paralisadas em face da gravidade da situação salarial, com 27% de perdas desde 2012, risco de descaracterização da carreira do magistério superior e também de seus servidores técnico-administrativos e, desde o início do ano, o corte no orçamento das IFES de aproximadamente R$ 9,4 bilhões, o que tem inviabilizado seu funcionamento, tendo, as suas administrações, que adiarem o pagamento de luz, água e outros encargos.

De acordo com o “Manifesto em defesa da educação pública contra os cortes no orçamento e por mais investimento em educação pública” (em http://grevenasfederais.andes.org.br), “além da precarização das condições de trabalho e infraestrutura, o remanejamento de prazos para conclusão de obras, a suspensão de construções inacabadas em diversos campi das instituições federais de ensino (IFEs) e a demissão em massa de terceirizados trazem à tona as consequências negativas dos cortes orçamentários no repasse de verbas públicas para as universidades ...”.

Esta semana haverá negociação no MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão) sobre o reajuste salarial e dos benefícios, a reestruturação da carreira e outros pontos da pauta de reivindicações, protolocada no MEC (Ministério da Educação e Cultura) desde o ano passado.

O Ministério do Planejamento vinha adiando sistematicamente, até o início de junho último, a abertura de negociações sobre a pauta apresentada, negando o que já havia avançado de negociação no início de 2015. Em face deste impasse e omissão, o Comando de Greve instalado a partir das várias Assembleias realizadas, com o acompanhamento do ANDES-DN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), resolveu deflagrar Greve em 28 de maio em 26 IFES.
Para que estas negociações, encaminhadas pelo ANDES/DN, FASUBRA (Federação dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil), CONDSEF (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), FENASPS (Federação Nacional de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social) e FONASEF (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), tenham êxito e avancem, os servidores públicos federais de diversas partes do país irão a Brasília nesta quarta, dia 22 de julho, estimando-se em torno de 3 mil manifestantes.

Como professor da UFSC durante 37 anos, lembro que a nossa universidade é pública, gratuita e de qualidade graças às tantas lutas, com ou sem paralisação, ao longo desses 35 anos, o que nos permitiu construir uma carreira que é hoje referência na América Latina e no mundo, e que pode estar em risco se não houver ampla mobilização dos professores em todas as IFES do país.

Neste sentido, o nosso mandato apoia este movimento, assim como a mobilização de todos os servidores públicos federais contra a corrosão salarial, pela recuperação das perdas passadas e pela garantia das condições de trabalho, conforme a pauta de reivindicações protocolada no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Vereador Prof. Lino Fernando Bragança Peres


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