Movimento Floripa Cidade Limpa "lava" Câmara Municipal

Notícias 19/11/2014

O Movimento Floripa Cidade Limpa, que luta contra a poluição visual cada vez mais intensa em Florianópolis, realizou um ato de “lavagem” na frente da Câmara Municipal nesta quarta-feira (19). Ativistas levaram vassouras, baldes e detergente para lavar a calçada à frente da instituição e pediram mais ética e transparência nas ações da casa. Lino Peres, que é arquiteto urbanista e sempre apoiou o movimento, esteve presente e conversou com os ativistas e com a imprensa.

Um dos eixos do atual escândalo envolvendo vereadores presos pela operação Ave de Rapina é exatamente a tramitação suspeita do Projeto de Lei Cidade Limpa, que este movimento ajudou a fiscalizar participando das discussões. Pelo menos, até o ponto em que o poder público e a falta de transparência da Câmara permitem. Paula Bragaglia, uma das organizadoras do movimento, disse que na época da intensa discussão sobre o projeto de lei apenas quatro vereadores receberam a organização. “Se a lei vigente fosse cumprida, mais de 50% dos outdoors da cidade não deveriam existir”, afirmou.

Lino Peres foi o primeiro vereador, e o mais incisivo, a questionar o substitutivo legal proposto pelo vereador Badeko na lei Cidade Limpa. “As alterações eram um crime contra a cidade, e só isentavam a Lagoa e a Beira Mar. Fiquei indignado”, afirma Lino.

O vereador Pedrão também apareceu no ato. O presidente eleito da Mesa Diretora do biênio 2015-16, vereador Erádio, desceu para conversar com os ativistas e foi cobrado a assumir compromissos mais éticos com a Câmara e com a cidade. Um panfleto distribuído afirmava: “Desejamos, neste ato de ‘lavagem’, que o próximo presidente desta casa atue de forma ética e em prol da preservação do patrimônio histórico e natural de Florianópolis”. 


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