Mandato encaminha demandas da população do Monte Cristo

Notícias 29/08/2014
Rosane Berti

29/08/2014 - O mandato está debatendo com lideranças do Monte Cristo, na região Continental de Florianópolis, uma série de problemas e os encaminhamentos necessários a serem levados à prefeitura.Esta região, onde moradores conquistaram a implantação de unidades habitacionais e equipamentos sociais, ainda sofre de muitas carências, principalmente nas áreas públicas, e necessita de urgentes melhorias nessas áreas, através de financiamento de recursos da prefeitura e do governo estadual e federal.

Para isso deve haver um processo participativo de construção de um projeto de revitalização da região, junto com o término do processo de regularização urbanística da localidade, que precisa ser urgentemente promovido pela prefeitura, conforme estabelece o Estatuto da Cidade, Lei 10.257/2001.

Moradores das imediações da rua José Machado Simas, que passa em frente ao Condomínio Panorama,  e da rua João Salvador Peres, no bairro Monte Cristo, vêm enfrentando sérios problemas com o trânsito de veículos nessas vias. As duas têm alto fluxo de veículos porque dão acesso ao bairro, sendo que para agravar a situação uma delas, a João Salvador Peres, passa em frente ao mercado Big, que tem alta rotatividade de clientes entrando e saindo do estacionamento.

Os acidentes naquela região são frequentes, principalmente atropelamentos, devido à falta  de lombadas e de faixa para travessia de pedestres. Existe apenas uma placa de PARE em um dos sentidos, o que deixa os motoristas praticamente livres para dirigir da forma que bem entendem, na contramão ou na velocidade que desejam. Ou seja, as vias estão sem qualquer controle do poder público, que deveria ter a sensibilidade de buscar medidas para preservar a segurança das pessoas

Os horários mais arriscados são pela manhã cedo, próximo do meio-dia e no final da tarde. “Fica difícil atravessar nesses horários. Às vezes é necessário aguardar muito tempo até que surja uma oportunidade segura de travessia. Quando param os carros de um lado, começam a vir do outro. Seria importante termos uma lombada nas duas ruas para controlar a velocidade dos veículos”, reforça Osni Valter Correa, um dos moradores.

Sem uma área adequada para lazer, crianças também são vistas soltando pipa no meio da rua, dividindo o espaço com os carros. Olhando para cima para orientar melhor o brinquedo, acabam sendo um alvo fácil para atropelamentos. “Esses dias cortaram o pescoço de um motoqueiro com a linha”, lembra a moradora Melita Marques. O problema poderia ser facilmente resolvido se os terrenos baldios dos dois lados da rua João Salvador Peres fossem preparados pelo poder público como área de lazer para receber a comunidade local.

Além disso, não há calçadas e quando chove as pessoas têm de caminhar pela rua para desviar do lamaçal que se acumula no pequeno espaço que têm para caminhar. Também há buracos nas ruas que muitos motoristas não enxergam e acabam perdendo o controle da direção. Os esgotos transbordam em dias de chuva e o lixo se acumula em um dos terrenos baldios. “Poderiam construir uma escola técnica aqui. Isso facilitaria a vida de muitos estudantes”, sugere Correa.

Estas situações nos mostram como há falta de políticas públicas e descaso da prefeitura com esta e outras regiões da cidade, onde reside a maioria da população de baixa renda. Podemos, ainda, acrescentar o estado de abandono em que se encontra o piso térreo do prédio construído pelo Projeto Habitar-Brasil em 2000, situado no bairro Chico Mendes. O problema da insegurança dos moradores da rua perto do BIG revela também a fala de um plano de mobilidade no local, situação que está sendo discutida com lideranças comunitárias locais.


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