MANDATO SE SOLIDARIZA COM PROFESSORA DE HISTÓRIA PERSEGUIDA

Notícias 06/04/2017

Assim como ao menos cinco entidades que representam o Ensino Superior no Brasil, o mandato do vereador Prof. Lino Peres se solidariza com a professora Marlene de Fáveri, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Florianópolis. Ela sofre um processo civil por uma ex-orientanda que a acusa de perseguição ideológica por divergir da professora quanto ao feminismo. A estudante Ana Caroline Campagnolo, que leciona História em escolas da educação básica de Chapecó, é evangélica e está sendo apoiada pelo movimento Escola Sem Partido, que comprovadamente estimula a coação, o constrangimento e a censura aos professores de história em todo o país.

Veja a nota da a Associação Nacional de História (ANPUH) em defesa de Marlene de Fáveri:

 

NOTA DA ANPUH

20/03/2017

Os profissionais da história brasileiros representados pela ANPUH vem a público demonstrar sua profunda preocupação com o processo de coação e perseguição sofrido por professores de história ao longo dos últimos meses.

Esse processo, certamente, é estimulado pelo movimento Escola Sem Partido (ESCOLA DA #MORDAÇA) que organiza eventos, produz conteúdo digital divulgado em seu sítio eletrônico etc. e patrocina ações legislativas que estimulam a coação, o constrangimento e a censura aos professores de história em todo o território nacional. Já temos registro de casos de professores que sofreram e ainda sofrem esse tipo de ação.

No momento, três casos nos preocupam profundamente.

O primeiro é o do Colégio Pedro II - Oficial na cidade do Rio de Janeiro. Lá, professores de história, há alguns meses, foram interpelados pelo Ministério Público Federal - MPF, que acaba de abrir um processo administrativo contra esses servidores públicos federais por supostos delitos.

O segundo é o processo civil contra a professora Marlene De Fáveri no Estado de Santa Catarina, por suposta propaganda do feminismo em sua atividade docente.

E, finalmente, o afastamento da atividade docente do Professor José Mineiro da rede pública estadual do Rio Grande do Sul, em função também do conteúdo de sua atividade docente.

Todos esses eventos de censura e perseguição a professores são baseados principalmente na “crença” do “Escola sem Partido” de que os docentes estariam fazendo “doutrinação esquerdista” dos seus alunos.

A ANPUH registra sua indignação com a desvalorização e a criminalização do trabalho dos profissionais da história presentes nesse tipo de ação e chama a atenção para os resultados catastróficos para o futuro da democracia e do pensamento crítico e emancipador na sociedade brasileira.

Nota no site da ANPUH: http://site.anpuh.org/index.php/2015-01-20-00-01-55/noticias2/noticias-destaque/item/4050-nota-da-anpuh-perseguicao-e-coacao

 


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