PREFEITO ATACA A PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE FLORIANÓPOLIS

Notícias 22/07/2016

A votação do Projeto de Lei 1560/16, que prevê mudanças na previdência dos servidores públicos municipais, agitou a sessão extraordinária da Câmara Municipal na tarde de 21 de julho. Apesar da presença em massa e dos exaustivos esforços dos representantes do SINTRASEM e dos trabalhadores em pressionar os parlamentares a votarem pelo arquivamento, a previsão era de aprovação em Plenário. Diante do cenário desfavorável, a estratégia da oposição para postergar a tramitação foi apresentar uma emenda ao PL, previamente assinada por 9 vereadores: Lino Peres (PT), Afrânio Boppré (PSOL), Pedrão (PP), Gui Botelho (PSDB), Celso Sandrini (PMDB), Cel. Paixão (PDT), Dinho (PMDB), Edinho (PSDB) e Romeu Pompílio (PTB).

A manobra gerou alvoroço entre os governistas. Cesar Faria (PSD) solicitou a suspensão da sessão por cinco minutos para que a Assessoria da Casa avaliasse a pertinência da emenda para a matéria e verificasse a validade das assinaturas. A sua fala foi reprendida pelo público, que assistia das galerias e passou a gritar “Ave de rapina, ave de rapina”, numa menção ao envolvimento do psdebista em casos de corrupção investigados pela Polícia Federal. A tensão entre os servidores aumentou com a inesperada retirada da assinatura de Romeu Pompílio (PTB) da emenda, durante a sessão - o que felizmente não invalidou a retirada do projeto de lei da Ordem do Dia.

Diante do cenário, o PL deveria voltaria para pauta somente depois de 1º de agosto, quando acaba o recesso parlamentar. Mas o presidente da Câmara, Erádio Manoel Gonçalves (PSD), alegou um impedimento médico para a data e exigiu que o projeto seja votado em sessão extraordinária no dia 29 de julho, sexta-feira. A manobra da bancada governista visa minar a pressão popular, já que coincide com as férias dos professores.

Apesar da vitória de hoje, é imprescindível que a população venha à Câmara no dia 29 pressionar os parlamentares a votarem contra o PL 1560. A data será decisiva para o futuro dos servidores municipais pois não há mais formas legais de protelar o andamento do projeto. A única forma de reverter o quadro será fazendo muito barulho.

 


Receba nosso Boletim EletrônicoReceba nosso Boletim Eletrônico: