POR UMA FRENTE DE ESQUERDA EM FLORIANÓPOLIS

Notícias 15/07/2016

Diante do cenário mais conservador do país em décadas, a responsabilidade da esquerda é imensa e urgente. Neste momento, a construção de uma Frente de Esquerda, unida por ideais populares e pelo povo, não é apenas a melhor decisão: é, provavelmente, a única solução em Florianópolis e em todo o país. Além de erguer uma alternativa sólida em oposição às famílias oligárquicas da capital, a organização de uma frente progressista, ampla e democrática, seria também a clara e incontestável demonstração de nossa resistência ao conservadorismo (com tintas de fascismo) instalado. Um grito nas ruas e nas urnas: a esquerda lutará até o fim por uma sociedade igualitária! O golpe jurídico-midiático que nos foi imposto mostrou as verdadeiras faces, intenções e interesses em curso, e a hora é de posicionamentos claros e de decisão. A hora é de enxergar além das diferenças partidárias e ideológicas, projetos pessoais e rusgas internas da esquerda. Neste momento incerto, o maior ato político que a esquerda pode realizar é a defesa incondicional de suas bandeiras históricas. 

Uma Frente de Esquerda, com o apoio popular, faria o combate necessário às mesmas forças que se revezam no poder desde a Ditadura. Realizaria o debate sério e apontaria os crimes da direita na disputa pelo Executivo. Seria a possibilidade de eleger mais do que apenas dois ou três vereadores, de lutar dentro da Câmara Municipal por políticas públicas verdadeiramente emancipadoras. Em conjunto com alguns companheiros do PT municipal, defendi firmemente a realização de Plenárias e de prévias internas para a chapa majoritária, além de discussões com os proporcionais. Também defendi que houvesse um debate entre os candidatos internos Ricardo Baratieri a quem apoiei por sua história no partido, e Gabriel Kazapi, com o objetivo de uma construção programática a partir da livre troca de ideias. Isso garantiria a participação ativa da militância e dos filiados e fortaleceria o partido.

Apesar da minha posição pela permanência da pré-candidatura do companheiro Baratieri, como filiado respeito a decisão majoritária do partido pelo nome de Kazapi como pré-candidato. A definição de um nome não é uma imposição e não exclui, inclusive reafirma, a vontade do PT municipal pela construção da Frente. Reforço aqui a resolução política assinada pelo Partido dos Trabalhadores de Florianópolis em junho: a formação de uma frente com os partidos e movimentos do campo democrático e popular, notadamente PSOL, PCdoB, PCB e PDT, e vedadas as alianças com partidos políticos que se articularam a favor do golpe em curso. (Leia a resolução completa aqui:
http://goo.gl/P5g5Bb). Até o momento, PT e PCdoB assinaram documento em favor da ideia, e PSOL e PCB já declararam a mesma vontade em encontros com a participação de todos os partidos.

Apoio e participo, desde o princípio, de iniciativas orgânicas do movimento popular, como a Plataforma 2016 e o Fórum 21-Floripa, que defendem a união da esquerda e um projeto de cidade com ideais humanitários, libertários e emancipadores. Compartilho a visão de empoderamento dos movimentos sociais, e acredito que sua participação é imprescindível na construção da sociedade - e, portanto, na constituição de uma possível Frente para as próximas eleições. Continuo na defesa de um amplo projeto de inclusão social, principalmente dos excluídos de nossa sociedade. Vejo a política como ação pedagógica, baseada nos princípios de democracia direta e participativa, articulada com a democracia representativa, nas quais o mandato parlamentar torna-se uma voz e um canal de vontade coletiva das comunidades e dos movimentos sociais. Como vereador e filiado do Partido dos Trabalhadores, e como militante dos movimentos sociais há décadas, continuarei trabalhando pela formação da Frente de Esquerda para as eleições de outubro em Florianópolis.


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