QUAL A CIDADE PARA QUEM O ATUAL PREFEITO DE FATO TRABALHA?

Notícias 21/06/2016

Faltam pouco mais de seis meses para encerrar o mandato de Cesar Souza Junior e, em um período importante para a cidade, que rediscute seu Plano Diretor - lei que afeta TODA a população - , a semana inicia com notícias reveladoras. 

Na segunda-feira o prefeito anuncia: 1 - cortes drásticos em várias áreas com a justificativa da falta de recursos; 2 - parceria privada para marina e parque urbano que quer licitar até novembro, tendo havido debate apenas com alguns setores técnicos e empresariais, e não com o conjunto da sociedade, como manda o Estatuto da Cidade para grandes projetos urbanos que irão afetar áreas significativas.
Já na terça, Cesar Souza foi a Porto Alegre defender os beach clubs, empreendimentos privados ilegalmente construído na orla, contrariando a posição dos moradores locais, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal. Melhor seria investir esse tempo e esses recursos para debater com a sociedade a questão das ocupações como um todo em Florianópolis, porque fica evidente o tratamento diferenciado dado a uma parte delas, querendo a legalização de algumas e deslegitimando outras. É urgente, por exemplo, a questão da regularização fundiária, a qual poderia beneficiar famílias de baixa renda e anda em ritmo muito lento, e a efetivação do plano de adequação urbanística, pendente na atual lei do Plano Diretor. O plano ainda não foi regulamentado e poderia dar respostas concretas para o urbanismo de gambiarra que se vê em toda a cidade. 
Em apenas dois dias, ficaram ainda mais claras as prioridades da atual administração, que está deixando de encaminhar respostas concretas em relação a algumas áreas onde há problemas que afetam toda a municipalidade, como os cortes na saúde, o saneamento deficitário e o transporte coletivo, repleto de irregularidades apontadas pelo MP/TCE. Lembramos que a Prefeitura anunciou a retirada de R$ 28 milhões da área da saúde neste ano, que, somados ao corte do ano passado, totalizam R$ 38 milhões a menos de investimento.
Fica evidente a completa falta de um projeto que pense a cidade como um todo e atenda uma parcela significativa da população. A atual administração vai deixar uma marca no semestre que falta para fechar 2016. Pena que as pistas dela neste final de junho sejam apenas cortes por falta de planejamento, anúncios de marina privada e correria para salvar os beach clubs.


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