SC 403: INAUGURADA INCOMPLETA E SEM CICLOVIAS E CALÇADAS

Notícias 22/12/2015
A SC 403 foi inaugurada no dia 18/12 em Florianópolis sem a conclusão total da obra. Faltaram, segundo a versão oficial divulgada nos meios de comunicação, a tubulação da CASAN e a finalização de calçadas e ciclovias, que ficaram em 40% do projeto inicial, conforme o DEINFRA.
 
Esta inauguração, mais uma vez, de obra incompleta, virou uma prática do governo estadual e municipal. A parte da SC 403 “inaugurada” é feita de várias pequenas obras que ainda estão por fazer. Perguntamos: como é possível inaugurar esta obra se:
 
1)O compartilhamento forçado de via entre pedestres e ciclovias, resultado de desenho fora das normas, continua?
 
2)Onde foram parar, detalhadamente, os R$ 80 milhões liberados pelo Ministério do Turismo para a realização de todo o projeto?
 
3)Como ficarão os cruzamentos ao longo desta via, indispensáveis, considerando que há comércio e serviços dos dois lados e que aumentarão muito com o novo Plano Diretor, que prevê 6 pavimentos para os dois lados da via?
 
4)Como ficarão as linhas circulares tão reivindicadas pelas lideranças locais, que exigiriam marginais a esta pista principal, não previstas na obra?
 
5)Como ficarão as crianças e escolares para atravessar um túnel de 2 metros de largura, em frente à Escola Luiz Cândido da Luz, quando, mesmo antes das pistas serem construídas, já havia insegurança na passagem noturna do túnel, apelidado de “passa-bicho”?
 
6)Onde ficará a pista exclusiva de ônibus, proposta que está sendo contemplada pela própria Prefeitura de Florianópolis para a Rua Deputado Antonio Edu Vieira e Beira Mar Norte?
 
Estas e outras questões foram levantadas na Audiência Pública promovida pela Câmara Municipal de Florianópolis, em 9 de outubro, presidida pelo vereador Lino Peres. Também foram levantadas novas questões em duas reuniões gerais na comunidade, realizadas também na Escola Luiz Cândido da Luz.
 
Esclarecemos, por fim, que não se questiona a necessidade desta obra, que dá conta de um problema antigo de congestionamento na região. No entanto, foi uma obra mal projetada, que reproduz antigos vícios de projeto, assentada no rodoviarismo, com pista de velocidade em área urbana e sem contemplar o que estabelece a Lei Nacional da Mobilidade Urbana, que prioriza o pedestre. Nesta obra, tal aspecto foi o último a ser contemplado. O transporte individual, mais uma vez, foi considerado prioridade.
 

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